Quando o assunto é obra missionária, é impossível falar sem se lembrar da exortação de Cristo
ao dizer:
A messe é grande, mas os operários são poucos. Rogai irmãos, ao dono da
messe que envie operários a sua messe. Sede prudentes como serpentes, e
simples como as pombas. Não leveis nem bolsa, nem dinheiro, nem alforge, nem
calçado. Mas anunciai: O reino está perto, Cristo ressuscitou, Ele vem conosco.
Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros entre lobos.
Esse trabalho não é fácil, mas é algo que verdadeiramente faz com que as pessoas conheçam o
amor de Deus. Existe muitos frutos do trabalho missionário, como: o aumento dos cristãos nas Igrejas,
a comunhão, a partilha de consciência, etc… esses frutos estão contagiando os cristãos. Obviamente
muitas dificuldades acabam enfraquecendo o trabalho missionário, que é um sinal de fé, mas a fé se
fortalece quando se oferece, ou seja, não guardando para si suas experiências de vida. É o trabalho
missionário que deve ser o primeiro serviço da Igreja, Cristo Redentor revela o homem ao próprio
homem. O evangelho não tira, de maneira alguma, a liberdade ou a cultura do homem, mas é um
trabalho extremamente importante, principalmente porque o número de pessoas que não conhecem a
Cristo está se multiplicando, ou seja, é uma proposta à liberdade do homem.
Nós temos um grande compromisso: fazer com que as pessoas cheguem a conhecer a Cristo,
ajudá-las a experimentar o Reino de Deus já aqui na terra; e também dar as pessoas a oportunidade de
vivenciar os sacramentos em suas vidas. E para se fazer isso, é necessário evangelizar, abrir a boca e
compartilhar o Evangelho de Cristo. Cristo é aquele que torna presente o Reino de Deus cumprindo
verdadeiramente esse plano. Após o batismo, onde recebeu o Espírito Santo, Ele coloca em ênfase a
sua vocação. Ele percorre a Galileia, pregando a Boa Nova de Deus: Completou-se o tempo, o Reino
de Deus está perto! Arrependei-vos, e acreditai na Boa Nova. A sua missão tinha um objetivo:
instaurar o Reino de Deus, pois foi exatamente para isso que Ele foi enviado. Mas não somente isso, o
próprio Cristo é a boa nova, assim Ele afirma na sinagoga quando Ele aplica a si as palavras de Isaías:
O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação
da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de
graça do Senhor. (Lc 4, 18 – 19)
O Espírito Santo é uma arma importantíssima nesta missão de levar o Evangelho. Pois a
missão da Igreja, assim como a de Cristo, é obra do Espírito Santo. Foi com o recebimento do Espírito
Santo que os Apóstolos viveram uma verdadeira mudança, transformando-os em, não somente
testemunhas, mas também em profetas. Esse Espírito que fez com que eles testemunhasse Cristo sem
medo. E nós precisamos desse mesmo Espírito, para que tenhamos coragem de levar a Cristo nos
corações das pessoas, sem temer as perseguições, e os sofrimentos. Assim como Paulo e Barnabé, que
mesmo no meio de tensões e problemas foram impelidos pelo Espírito à missão entre os pagãos. Pois,
verdadeiramente o Espírito torna missionária a Igreja toda.
Todos nós cristãos somos missionários, temos o dever de anunciar a boa nova na vida das
pessoas, e esta é a maior prova de amor a Cristo que podemos demonstrar. Ao evangelizarmos
estaremos morrendo pelas nossas vontades, mas enquanto nós morremos o mundo recebe a vida. Vida
que somente Cristo tem para nos oferecer, pois a verdadeira felicidade está em fazer a vontade de
Deus, e hoje a vontade de Deus é que sejamos luz para o mundo, levando a todas as pessoas a alegria
da ressurreição de Cristo, doando a nossa vida em prol da evangelização.
Esta é a minha oração…
MARCELO CARVALHO in memoriam
Seminarista
Seminário Redemptoris Mater.
