Purificados pelo fogo

“Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho eu a desejar se ele já está aceso? Mas devo ser batizado num batismo; e quanto anseio até que ele se cumpra! Julgais que vim trazer paz à terra? Não, digo-vos, mas separação. Pois de ora em diante haverá numa mesma casa cinco pessoas divididas, três contra duas, e duas contra três; estarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra.” (Lc 12,49-53)

“Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho a desejar se ele já esta aceso?”

Amados, o Fogo do Espírito já está aceso e arde dentro de nós!!! Somos lapidados por esse fogo. Sua eficácia é infalível. Não há mal que o vença. Não há vicio que ele não derrube. Não há paixão que ele não domine.

Seu poder de transformação é incalculável. Sua força de purificação, irresistível. Não há pessoa que resista ao poder do Fogo! Ele purifica a escoria que está integrada ao ouro. Ela é separada pelo poder do fogo. É por isso que o Rei Jesus vem nos dizer que veio atear fogo à terra e esse fogo já está aceso.

Disse João Batista: “Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de carregar seus calçados. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo.” (Mt 3,11). E esse batismo no Espírito Santo nos leva a Jesus, como a estrela que guiou os três Reis magos.

O batismo que vem do céu tem uma potência purificadora. Pelas mãos de Jesus a humanidade recebe um fogo original. Esse fogo foi acesso e nunca mais vai se apagar. Ele abrasa os corações, transforma egoísmo em altruísmo, rivalidade em cooperação, ódio em amor. Esse fogo tem o poder de unir raças, credos, partidos, línguas. Ele transforma pátria em família.

É por isso que Jesus disse: “Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada” (Mt 10,34-36). Então nos perguntamos: “Como é que Jesus – o Verbo, que é Deus, que é Amor – veio trazer a espada, a divisão?

Sabemos que a palavra “paz” no latim significa fim de um conflito; é a aspiração fundamental da humanidade. Mas só haverá paz externa se primeiro houver paz interna.

Por isso, o Mestre diz que vai trazer a espada, a divisão. A espada – (do latim: spatha, isto é, espada de dois gumes) – é simbolismo da virtude que vai separar o bem do mal.

Guerra significa luta entre dois estados, e Jesus, nessa passagem, nos chama a uma guerra! Mas, que guerra é esta?

Primeiro – contra nós mesmos: esse fogo quer derrubar todo mal que está em nós. Segundo – em nossa própria casa: precisamos vencer nossas limitações, renunciar nossos pontos de vista e deixar que o outro pense com a cabeça dele, não com a nossa. Terceiro – no mundo em que vivemos: somos chamadas a lutar contra as injustiças da sociedade.

Amados, somos chamados a amar o inimigo. Ao invés de odiar, devemos amar sempre e ficar feliz quando ele cresce! Se não pudermos falar bem dele, pelo menos devemos silenciar; sendo educados ao ponto de, pelo menos, cumprimentá-lo!

A espada de Jesus é o AMOR. Esse é um paradigma sempre novo na sociedade.

Deixe essa espada apontar contra você, purificando-o de todo mal que você faz contra você e contra o outro.

Jesus é o nosso modelo. Ele amou a todos indistintamente. Ele distribuiu amor.

Que Jesus transforme o nosso ódio em amor para que verdadeiramente possamos declarar: FOMOS PURIFICADOS PELO FOGO!

 JUNINHO.